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Neste artigo, Marcos Françóia analisa um dos temas mais debatidos do momento: a Reforma Tributária é, de fato, uma transformação estrutural ou apenas mais um obstáculo para o setor empresarial?

Por décadas, a Reforma Tributária foi tema de debate no Brasil. Ora parecia distante, ora ganhava força política, mas sempre deixava em aberto a sensação de que seria difícil colocá-la em prática. Hoje, finalmente, ela é uma realidade e as primeiras mudanças já começam a valer a partir de 2026.

Muito se fala sobre simplificação, modernização e redução da burocracia. De fato, a substituição de cinco tributos por dois principais promete mais clareza ao sistema e aproxima o país de práticas internacionais. Mas, olhando sob a ótica das empresas, a questão central não é apenas se a reforma será positiva ou negativa, e sim como cada organização vai se adaptar a ela.

 

Entre promessas e incertezas

A simplificação é um caminho desejado, mas o período de transição até 2033 traz consigo um cenário de convivência entre o antigo e o novo. Para gestores, isso significa navegar em mares ainda desconhecidos, nos quais interpretações jurídicas, ajustes de sistemas e impactos no fluxo de caixa podem se tornar pontos de tensão.

Na prática, o risco maior talvez não esteja na lei em si, mas na falta de preparo de quem precisa lidar com ela.

 

O desafio da gestão em tempos de mudança

Se há algo que aprendi em mais de quatro décadas acompanhando empresas de diferentes setores é que as mudanças legislativas costumam separar as organizações resilientes das que ficam para trás.
Não é a primeira vez que empresários brasileiros precisam se reinventar. Tivemos planos econômicos, crises cambiais, novas legislações trabalhistas e ambientais. A reforma tributária é mais um capítulo dessa história de reinvenção.

A grande questão é: como as lideranças vão transformar essa mudança em oportunidade?

 

Oportunidade para repensar modelos de negócio

A reforma pode e deve ser vista como uma oportunidade para rever contratos, margens e processos. Ela abre espaço para fortalecer governança, compliance e transparência.
Ao mesmo tempo, traz um convite para empresários deixarem de tratar a tributação como um tema isolado, restrito ao departamento fiscal, e a enxergarem como fator estratégico de competitividade.

 

Conclusão

A Reforma Tributária não é apenas uma alteração de regras: é um marco que exige visão estratégica, coragem de adaptação e capacidade de gestão.
As empresas que encararem a transição com planejamento, simulação de cenários e governança estarão mais bem preparadas para colher os frutos dessa mudança histórica.

O Brasil vive um momento raro, em que o “custo da complexidade” pode, finalmente, ser reduzido. A questão que fica é: sua empresa vai esperar para reagir, esperar a crise berrar ou vai se antecipar e liderar essa transformação enquanto apenas cochicham?

 

Assinatura

Marcos Françóia
Sócio-diretor da MBF Partners, Perito e Administrador Judicial.
Especialista em reestruturação empresarial, professor universitário e executivo nas áreas financeira e de controladoria.

 

Produtor Rural tem Plano de Recuperação Judicial aprovado; mais um caso que a MBF laudou a viabilidade econômica

Caso de Minas Gerais

O Grupo RCA, formado depor um produtor rural e uma empresa do setor de insumos agrícolas, alcançou um marco importante em sua trajetória: a aprovação do Plano de Recuperação Judicial (PRJ) em 05 de setembro de 2025, após mais de um ano de intensas negociações. O PRJ, antes de aprovado e analisado pelos credores, teve sua viabilidade econômico-financeira laudada pela MBF.

O processo, que tramita na Vara Empresarial de Uberaba/MG, envolve um passivo inicial superior a R$ 82 milhões e conta com mais de 80 credores habilitados. Desde junho de 2024, quando o pedido foi protocolado, foram necessárias sucessivas Assembleias Gerais de Credores (AGCs), com suspensões e ajustes, até que se alcançasse um consenso que permitisse a continuidade das atividades da empresa.

O que é o laudo de viabilidade e por que ele é decisivo

Em processos de Recuperação Judicial, em conjunto com a avaliação patrimonial dos bens e ativos, o laudo de viabilidade econômico-financeira é um documento essencial, previsto na Lei nº 11.101/2005 (Art. 53, incisos II e III), que regula a Recuperação Judicial, Extrajudicial e a Falência de empresas. Ele demonstra de forma técnica se a empresa tem condições reais de se recuperar, gerar resultados e cumprir com as obrigações previstas no plano.

O estudo apresenta projeções financeiras, análise de fluxo de caixa, capacidade de geração de resultados futuros, funcionando como uma bússola para credores, administradores judiciais e para o juiz decidirem sobre a viabilidade do plano. A lei também determina que o plano de recuperação, incluindo o laudo, deve ser apresentado em até 60 dias após o deferimento do processamento da Recuperação Judicial (RJ), garantindo transparência e credibilidade, reduzindo riscos de objeções ou rejeição do plano.

A importância da competência de quem laudos de viabilidade

A não entrega do PRJ acompanhado de laudos patrimoniais e de viabilidade pode resultar em falência. Por isso, é indispensável contratar profissionais ou empresas habilitadas e experientes para elaborar esses documentos. Contudo, a escolha inadequada, ainda que atenda o prazo, pode comprometer o processo de recuperação e as negociações com credores, caso os dados não sejam tratados com a devida expertise.

No caso do Grupo RCA, a MBF Partners, com mais de 30 anos de experiência em turnaround empresarial e gestão de crises corporativas, foi responsável pela elaboração dos laudos de avaliação patrimonial e de viabilidade econômico-financeira. Para o sócio-diretor Marcos Françóia, especialista em reestruturação e também administração judicial, o documento foi determinante para construir credibilidade junto aos credores:

“Cada caso é único, mas para os produtores rurais, a Recuperação Judicial ainda é um tema desafiador. O laudo mostrou, com base técnica e dados sólidos, que havia caminhos possíveis para a continuidade saudável da empresa e da produção rural. Isso deu confiança para os credores aprovarem o plano. É muito gratificante ver mais um PRJ que a gente laudou sendo aprovado. Nos últimos 2 anos, os casos que atuamos somam cerca de R$ 1 bi em dívidas que estão sendo equalizadas.”

Marcos Françóia, mais uma vez tem destaque em canais de comunicação pelo país, dessa vez com artigo “Governança como Controle e Prevenção de Crises Empresariais”

O diretor da MBF Partners, Marcos Françóia, especialista em turnaround empresarial e em processos de recuperação judicial, teve recentemente um de seus artigos publicados em portais de notícia de grande relevância no Brasil.

A Gazeta de Alagoas, veículo de comunicação de destaque no cenário nordestino, repercutiu o artigo “Governança como controle e prevenção de crises empresariais”, assinado em coautoria com Mariana Denuzzo Salomão e Rosana Amadeu. O conteúdo aprofunda a discussão sobre a importância da governança como ferramenta essencial para antecipar, controlar e mitigar riscos que podem levar empresas a situações de crise.

O artigo destaca que a adoção de práticas de governança não deve ser vista como burocracia ou custo extra, mas sim como um investimento estratégico capaz de proteger o patrimônio, garantir a transparência das decisões e oferecer maior estabilidade organizacional em cenários de incerteza.

Quando prevenção é sinônimo de sustentabilidade

Em um ambiente de negócios cada vez mais desafiador, prevenir crises é tão importante quanto saber enfrentá-las. A implementação de regras claras, a delimitação de responsabilidades e a profissionalização da gestão são medidas fundamentais para fortalecer empresas de todos os setores.

A MBF Partners é reconhecida nacionalmente por sua atuação em reestruturação empresarial, governança corporativa e compliance, valuation, auditoria e planejamento estratégico. Com mais de 30 anos de experiência, a empresa alia conhecimento técnico a soluções práticas que transformam riscos em oportunidades de crescimento sustentável.

📖 Leia o artigo completo publicado na Gazeta de Alagoas:
👉 Governança como controle e prevenção de crises empresariais