É comum nos perguntarem “Como está o mercado de trabalho?” E a resposta é sempre em função do cenário do momento: “Está aquecido”, “está meio parado”, etc. No entanto, para satisfazer uma preocupação com o momento do setor sucroenergético (novembro de 2014), temos a dizer que o segmento está vivendo a mais forte crise de sua história, e o país está em recessão. Isso significa que o mercado está com “o pé no freio” e em compasso de espera das novas diretrizes governamentais. Nesta época do ano, tradicionalmente ocorrem as “danças das cadeiras”, ou seja, aguarda-se o encerramento da safra, e procura-se ajustar o quadro de profissionais, o que poderá trazer certo aquecimento, mas em função do cenário atual, esta é apenas uma hipótese.
Na prática, o mercado é muito “volúvel” e dinâmico. E melhor do que saber como está no momento, é muito mais útil entender o que é o mercado de trabalho.
O mercado de trabalho sempre esteve relacionado com a quantidade de pessoas e suas necessidades. Para se ter ideia, a população mundial em 1950 era de 2.5 bilhões de pessoas; de 1950 até julho de 2014, passou para 7.3 bilhões, ou seja, em apenas 64 anos, quase triplicou. Estima-se que até 2050 seremos 9.6 bilhões de pessoas. Como curiosidade, no Brasil, esses números são bem mais agressivos. Saímos de uma população de 52 milhões em 1950, para 203 milhões em 2014, crescemos no período 151 milhões, ou seja, praticamente quadruplicamos.
Tais números são essenciais para se entender o mercado de trabalho, pois a relação é direta: quanto mais pessoas, maior será a necessidade de tudo (alimentos, vestuário, moradia, saúde, lazer, infraestrutura, etc.). Acrescenta-se ainda os novos hábitos e necessidades criadas com o progresso e inovações tecnológicas. E é para suprir essa demanda que surgem novas empresas, que formam o mercado de trabalho.
Nesse dinamismo, o que foi importante ontem, pode não ser hoje e deixar de existir amanhã. Por exemplo: há 60 anos, praticamente não existia matéria plástica, caneta BIC, televisão… já pensou nisso? Produtos básicos como eletrodomésticos, telefone e automóvel, só os muito ricos tinham acesso; computador e internet eram ficção. Os cargos nobres na época eram os de sapateiro, alfaiate, guarda livros (contadores), entre outros já extintos.
As mudanças acontecem gradativamente, sem que as percebamos. Cargos novos surgem, cargos antigos vão sendo extintos, e o mercado vai se autorregulando. É importante se ter algumas premissas quando se quer entender o mercado de trabalho:
-O mercado está constantemente se adaptando à realidade do momento;
– É regulado pela oferta e procura;
– É regido pela seleção natural, ou seja, “Os mais aptos são os que obtêm maior sucesso”.
As empresas são constituídas para produzir algo que satisfaça as necessidades e os desejos das pessoas, sejam de caráter físico ou não. Empresas podem ser basicamente comerciais (as que visam lucro), ou sociais (as que cuidam do social, geralmente supridas pela própria sociedade: saúde, educação etc.), podendo também ser de caráter misto (comercial e social). Todas as empresas são distintas entre si, se diferenciando em relação a:
– Ramo de Negócio (agrícola, financeiro, metalúrgico, etc.);
– Origem (nacionalidade, pública, privada, etc.);
– Idade (nova, antiga, moderna, etc.);
– Porte (pequena, média, grande);
– Região Geográfica (Sul, Nordeste, urbana, rural etc.);
– Filosofia (que difere muito de acordo com o modo de pensar do dono do negócio).
Como se pode observar, existem empresas para “todos os gostos e perfis profissionais”. O mercado de trabalho é de uma variedade imensa de oportunidades e possibilidades. Apesar das crises que surgem periodicamente, pois esta é uma maneira do