Leticia Toledo
Empresa tem caixa comprometido com projetos já anunciados, mas para não parar expansão, quer se juntar a outras grandes em troca de ações
Buscando fortalecer-se e expandir-se ainda mais, a gigante sucroalcooleira Cosan que adquirir ativos de concorrentes grandes, aproveitando o período de preços baixos para açúcar e álcool. Porém, não está disposta a gastar dinheiro com isso. A empresa quer agora fazer parcerias e trocas de ações com outras companhias.
O interesse do grupo está focado em usinas com capacidade de moagem superior a três milhões de toneladas por ano, priorizando a compra de grandes usinas ou até mesmo de grupo econômicos.
O diretor financeiro e de relações com investidores, Paulo Diniz, afirma que as ações em geral estão abaixo do valor neste momento, com preços depreciados, mas que “certamente proprietários de usinas grandes conhecem bem o ‘upside’ (potencial de alta) das ações e consequentemente estariam dispostos a receber ações da Cosan como parte de pagamento”, acrescentou.
Com o caixa comprometido para financiar os novos projetos do grupo, a Cosan praticamente descarta unidades que estejam interessadas em pagamento em dinheiro A empresa afirma que essas uniões teriam que ser feitas com “grandes usinas ou grupos”, mas segundo Diniz, não há conversações avançadas com nenhuma companhia.
Desde 2007, quando a sua companhia holding, Cosan Ltd, levantou capital de cerca de US$ 1 bilhão em uma oferta pública inicial em Nova York, o grupo brasileiro já anunciou diversos projetos novos, os chamados “greenfields”. Além disso, a Cosan adquiriu ativos da Esso no Brasil por US$ 826 milhões.
Na última semana, os diretores da Cosan anunciaram um aumento de capital de R$ 880 milhões em uma subscrição privada, o que elevou o capital da companhia para R$ 3,8 bilhões.
Um total de 55 milhões de ações será lançado,